
SUBIDA COMEÇA A DECIDIR-SE A TRÊS, CANDAL, PEDROUÇOS E PEROSINHO
Quando faltam precisamente dez jornadas para o fim, continua tudo igual na frente. Foi uma tarde de domingo eficaz para o líder Candal, agora com 45 pontos, que foi ao Estádio Dr. Costa Lima derrotar o Castêlo da Maia por 0-2 e dificultar ainda mais as aspirações dos locais, que procuram a subida de divisão. 45 minutos bastaram para os azuis e brancos resolverem a questão, numa partida para esquecer dos avançados maiatos, que encontraram em Miguel Guedes (ainda defendeu um penálti pelo meio) um muro impossível de ultrapassar.
O jogo foi repartido e a turma da casa até estava melhor com bola, mas quem visse apenas o resultado não diria que os tricolores tinham entrado bem na partida. A equipa de Tozé Madureira, que teve Nico e João Reis de início, chegou à vantagem logo ao minuto 15, numa grande penalidade convertida pelo renomeado Manuel José, que já passou por clubes como Paços de Ferreira, Boavista e Vitória de Setúbal. Foi a primeira vez que o Candal chegou com perigo à baliza de Polvo, nas duas seguintes deixou o aviso que não ficava por aqui. Primeiro num contra-ataque bem desenhado por Bernardo e João Miguel, que Campota aproveitou para disparar ligeiramente ao lado e, poucos minutos depois, num cruzamento de Manuel para João Reis, que teve todo o espaço do mundo para bater o guarda-redes, mas não acertou no alvo. Porém, em cima da meia hora, Sousa foi lá à frente e deu o exemplo, num grande sentido de oportunismo. Foi assim, num ápice, que os maiatos viam o mundo desabar. Na segunda parte, o jogo ficou mais partido e o Castêlo pareceu nunca perder a crença de que era possível recuperar. A eficácia andou desaparecida quase toda a etapa complementar e ninguém conseguiu quebrar o enguiço.
Em igualdade pontual, o Pedrouços não desarmou e, em casa, bateu o Serzedo por 2-0. A equipa forasteira até entrou bem, aguerrida e interessada em condicionar o jogo do adversário, mas o atual vice-líder conseguiu contrariar da melhor maneira: o nigeriano Musa Sukuni apareceu em boa posição e deu vantagem, à passagem dos 36 minutos. Explosão de alegria num estádio espetacularmente bem composto para um duelo que tinha tudo para ser decisivo. O Serzedo acusou o golo e demorou a reagir, pois falhavam as acelerações e combinações do setor intermédio. Mérito, claro, para o conjunto de Joca, que se mostrou muito compacto a fechar as linhas e a anular o jogo contrário. Quando os gaienses estavam a tentar a reação com mais mexidas, chegou Rafael Jesus, desta vez de grande penalidade, a encontrar a rede com um excelente remate certeiro.
No dérbi de Vila Nova de Gaia, o Perosinho ofereceu uma prenda aos seus adeptos e associados, na semana em que celebrou o 74ª aniversário, colocando-se na 3ª posição, a três pontos da dupla de comandantes. Frente aos vizinhos do Gulpilhares, triunfo complicado (2-1), mas que serve de rampa para os duelos importantes que se seguem. Neste encontro, a entrada de rompante foi determinante para o desfecho do marcador. Com 13 minutos, Djaló, no coração da área, atirou a contar e festejou-se pela primeira vez. Pouco depois, novo golo, mas para os contrários: Miguel Dias, após assistência de Passos, selou a igualdade com um remate colocado. Foi então tempo para o Perosinho reagir, o que conseguiu por várias vezes, tendo em Tiago Carvalho um dos melhores lances. A segunda parte trouxe mais emoção ao encontro e incerteza no resultado. Contudo, apesar dos visitantes fecharam-se bem, Bruninho fez o 2-1 nos instantes finais.
Na 4ª posição, o Lavrense viveu uma tarde de pesadelo no Parque da Cidade do Porto, frente ao Desportivo de Portugal, formação que ainda está envolvida na luta pela permanência. Nos locais, o extremo Lucho, proveniente do Pasteleira, foi figura de proa ao fazer um hat-trick. A abrir a 2ª parte, Léo reduziu para os matosinhenses, mas aos 70 minutos, o caldo entornou. O guarda-redes Guilherme e Lucho “trocaram mimos” e ambos viram vermelho das mãos do árbitro. Os contrários, que reclamaram anti-jogo dos locais, tiveram uma resposta épica que resultou no tento da autoria de Luís Mika, precisamente no minuto a seguir ao alvoroço gerado pelas expulsões. O desafio ficou alucinante e para lá dos 90, Nuninho recebe ordem de saída por acumulação de amarelos e Ricardo Silva aproveitou a superioridade numérica para fixar o desfecho final.
Esta foi uma ronda marcada por vários embates gloriosos e um deles realizou-se em São Pedro de Fins. Denominado por muitos como o “dérbi raçudo”, o Inter Milheirós levou a melhor sobre o AC Milheirós, último classificado (0-1), subindo ao 6º lugar, somando agora 30 pontos. Wilson foi o grande herói da partida ao marcar o golo da vitória aos 68 minutos, antes de ser expulso juntamente com Nuno Vilas, levando a que ambas as formações terminassem com 10 unidades.
Por seu turno, em crescendo na classificação, o Custóias tomou posse do 7º posto, com 28 pontos. Este domingo, vitória em Arcozelo por 2-4. A equipa verde e branca vinha de três vitórias seguidas e o objetivo era claro: dar início a um novo ciclo de jogos que permitissem voltar à tendência ascendente na tabela. Uma intenção demonstrada muito cedo: logo aos 12 minutos de jogo, Pedro Martins deu vantagem à turma de Mário Rui. E ainda dentro da primeira meia hora, o segundo golo: novamente o avançado de 24 anos a finalizar. Com uma reação estonteante, o Arcozelo chegou a conseguir o empate no segundo tempo, mas Alan repôs a vantagem dos visitantes. Na reta final do encontro, Paulo tratou de ampliar o score.
O Dragões Sandinenses, de Carlos Almeida, voltou aos bons resultados depois de duas derrotas e igualou a pontuação do Custóias. Na receção ao Gondim-Maia, vitória tangencial, graças a um tento de João Marcelo, aos 85 minutos. Terminamos com o fim do calvário do Leça do Balio que, oito jornadas depois, voltou a tomar o paladar às vitórias, ao bater o Balasar por 2-0, ganhando um novo alento para sair do fundo da classificação.
Texto: Redação
Data de publicação: 2020-02-12

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