
LÍDER PERDE TERRENO E LAVRENSE HUMILHADO NA MAIA
Numa jornada atípica, marcada por desfechos improváveis, Perosinho e Candal, no prato-forte da tarde de domingo, inauguraram a jornada 18 do campeonato, não passando de um nulo. Frente a frente, estiveram os guarda-redes menos batidos da prova e, neste desafio, voltaram a mostrar créditos. A equipa liderada por Paulo Alexandre, na liderança, com 39 pontos, chegou ao Estádio Quinta da Pena num banho de multidão memorável e mesmo com várias ausências de vulto, teve as melhores ocasiões para faturar. Todavia, em virtude deste resultado, o Candal não está sozinho no comando e passará a dividi-lo com o Pedrouços.
Com um jogo pragmático e eficaz, os comandados de Joca foram ao Tourão bater o Dragões Sandinenses (0-1). Num jogo que muito prometia, houve pouco espaço a virtuosismo, muitas paragens e um triunfo dos forasteiros que tiveram de vestir o fato-macaco. Apesar da expectativa de um espetáculo recheado de bom futebol, perante duas das equipas que melhor o praticam nesta série, mandou o cinismo e imperou a ansiedade. Esperava-se mais e foi, acima de tudo, um jogo de eficácia, onde Tiago Pulga, aos 55 minutos, concluiu um contra-ataque bem desenhado e ofereceu os três pontos à sua equipa. Porém, apesar da vitória, o camaronês Fabrice foi expulso aos 75’ e será uma baixa de vulto para os próximos compromissos. De seguida, centramos atenções na goleada da jornada que deixou tudo e todos boquiabertos.
Ter bons jogadores ajuda, mas este Castêlo da Maia está é mesmo transformado num grande coletivo. Em casa, o atual 4º classificado, com 36 pontos, não facilitou, castigando um Lavrense demasiado frágil com um 5-1 que permitiu igualar os gaienses na pauta. Os golos tardaram a surgir, o primeiro seria perto do intervalo, por intermédio de Suíço. Em vantagem, a intenção da turma de Pedro Pontes passou sempre por controlar, por construir apoiado, ainda que o conservadorismo tenha sido, aqui e ali, excessivo. Luís Pereira empatou na 2ª parte, aos 54’, mas seria expulso pouco depois, o que fez incendiar a partida. De imediato, entraram três de uma assentada na turma da casa e aos 64 minutos, Renato invade a zona defensiva contrária e faz o 2-1 com conta, peso e medida. A partir daí, foi um autêntico festival para os maiatos. Tirando partido de um Lavrense que por e simplesmente caiu num abismo tático, os homens da casa transformaram uma vantagem clara em goleada, depois de um movimento fantástico de Ivo Gonçalves aos 86’ e de uma finalização do outro avançado recém-entrado, Pauleta. Municipal Dr. Costa Lima em delírio...e com razão. Nos descontos, João Crespo, fixou o resultado final, numa partida onde os 2 treinadores acabaram expulsos.
Ainda na tarde de domingo, nota importante para a ascensão do Serzedo à sexta posição, com 25 pontos. No dérbi de Vila Nova de Gaia, em Arcozelo, deu empate a uma bola, num encontro onde os da casa estiveram muito mais perto de conquistar os três pontos. Os forasteiros, apesar de um início fulgurante, baixaram e muito as linhas na segunda parte e chegaram a temer pela vida contra um adversário que, apesar de ocupar o 11º posto, dominou em todos momentos, contando, sobretudo, com toques de classe dos homens da frente. O Serzedo, destemido, entrou em campo com a carne toda no assador. O futebol rápido, a poucos toques e procurando a velocidade dos extremos, reinou durante alguns minutos, numa altura em que os homens de Pedro Costa procuravam entrar no jogo. Aos 42 minutos, Fábio Ferreira assumiu o protagonismo e bastou um lance ofensivo bem construído para o defesa abrir o ativo e... dar vantagem ao intervalo. Na 2ª parte, aos 60 minutos, Rafa, na conversão de uma grande penalidade, igualou o placard, ele que leva 12 golos em 18 partidas. As reações de desespero de Edgar Ramos no banco de suplentes diziam tudo. E a verdade é que, contra o esperado, o Arcozelo apresentou-se ainda mais perigoso, mas o marcador não sofreu mais alteração.
No 8º posto, o Gulpilhares, com 24 pontos, recebeu e venceu, de forma incontestável, o Balasar por 2-0. De uma primeira parte medíocre para uma aceitável, Ricardo Jorge não olhou a meios para atingir fins e acabou por ser feliz nas suas alterações. Foi preciso esperar sensivelmente pelo último quarto de hora do encontro para as emoções voltarem a espevitar, sendo que aos 82 minutos, Rabiu Ali provocou uma enorme explosão de alegria aos adeptos da casa, através da marca de onze metros e mostrou que continua a significar pontos para os gaienses na temporada. Nos descontos, o recém-entrado Nuno Velha cruzou e o nigeriano bisou para arrumar a questão. É o 9º tento do prodígio na prova, o que lhe vale entrada direta no pódio dos principais artilheiros.
Numa das melhores partidas, o Inter Milheirós foi a Leça do Balio vencer por 1-2, num jogo que contou com golos, emoção e momentos de bom futebol. No final, a turma de Márcio Magalhães cimenta o bom registo fora de casa nesta temporada. Este resultado reflete-se numa subida ao 9º lugar, com 24 pontos, enquanto os matosinhenses permanecem no 16º e último posto, com 9 pontos. Num encontro muito rápido e intenso, apesar do maior querer por parte dos locais, que apostavam muito nas transições rápidas, a eficácia esteve do lado dos forasteiros. Minuto 4 e Caçoila foi lá à frente mostrar como se faz. A segunda metade, ao contrário da primeira, começou com os comandados de Flávio Silva ao ataque. Foi naturalidade que esse ascendente foi maerializado em golo. Fábio Loureiro apareceu na área a fazer o empate. Contudo, a permeabilidade defensiva dos locais fez-se sentir novamente e resultou em mais um tento para os visitantes. Fábio, num desvio para a própria baliza, acabou por assinar o golo que decidiu o desafio.
Na luta pela manutenção, o Custóias deu um passo de gigante ao triunfar por 1-2, em Campanhã, diante o Desportivo de Portugal. Os verde e brancos foram competentes, organizados e aproveitaram a apatia do adversário durante grande parte do jogo para saltar para o 10º lugar, agora com 22 pontos. Desde cedo, os da Invicta não foram felizes na partida. Alan (um dos melhores executantes de bolas paradas desta prova) bateu com qualidade um penálti aos 15 minutos e inaugurou o marcador. Um início de sonho para os homens de Mário Rui. Este tento permitiu ao conjunto forasteiro colocar em campo a sua imagem mais forte. Deixando o adversário ter bola, procurar criar perigo nas transições rápidas, mantendo a organização e muitos homens no processo defensivo. Os da casa não encontravam argumentos para contrariar esta estratégia e as oportunidades iam surgindo para os visitantes. Para complicar ainda mais a tarefa, Zé D’Angola, que já passou por clubes como Marítimo e Famalicão, aumentou a contagem, à passagem dos 80 minutos. Em cima do minuto 90, Tozé ainda reduziu, mas o despertar tardio do Desportivo de Portugal não chegou a tempo de virar o resultado.
A terminar, referência para o empate a zero entre Gondim-Maia (primeira equipa acima da linha de água) e AC Milheirós (em zona de despromoção). Um desfecho altamente penalizador para a turma de Milheirós que, nem com o apoio do seu público, foi capaz de vencer para cifrar a distância para a zona de salvação em cinco pontos.
Texto: Redação
Data de publicação: 2020-01-29

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