2ª VOLTA COMEÇA COM PRIMEIROS A VOLTAREM A TROPEÇAR

Numa jornada marcada por alguns clássicos empolgantes, as formações da frente perderam terreno e isso protagonizou várias mudanças na tabela. O Citânia de Sanfins foi ao Marco de Canaveses medir forças com o Vila Boa do Bispo, conjunto que luta a todo o custo pela permanência. Sabendo das dificuldades que iam encontrar, os homens liderados por Ricardo Barros apostaram em marcar cedo para vincar uma postura autoritária e chegaram à vantagem, aos 5 minutos, por Rui Pereira. O tento sofrido não abalou as aspirações dos locais que criaram várias ocasiões para empatar. Em cima do minuto 30, após decisão de Simão Santos, Marcelo fez o empate de penálti. No entanto, a reação do Citânia foi temerária isto porque, volvidos apenas dois minutos, Teixeira, numa bela jogada coletiva, surge na área a a fazer o 1-2. Estavam lançados os dados para uma 2ª parte de incerteza, mas verificou-se uma toada neutra, ou seja, ambas as equipas preocuparam-se mais em investir nos erros opostos e as oportunidades de perigo, dignas desse nome, foram escassas. Ainda assim, num assalto final, o defesa Jorge, em período de compensação, foi lá à frente e desviou para o fundo da baliza de Carlos, ditando assim a repartição de pontos.

Já o Ferreira, ainda na 2ª posição, teve uma tarde para esquecer em Felgueiras, de onde saíram vergados (3-0), diante um Torrados que tem apresentado vários reforços sonantes nas últimas semanas. Vitinha, Tiago Pereira e Artur Sampaio fizeram os golos de mais um desfecho inglório dos pacenses. No pódio, o Roriz foi a Lagares empatar (2-2) com o Varziela. Os verde e brancos, empurrados pela habitual falange de apoio, inauguraram o marcador por Alcides, ele que comemorava o 28º aniversário. Com tranquilidade e um um futebol mais esclarecido, os felgueirenses avolumaram o resultado, por Cristiano, aos 30 minutos. Todavia, em cima do intervalo, David reduzindo de penálti. Na 2ª parte, os locais quiseram guardar a vantagem e isso serviu de isco para encetar a recuperação. Acentuando a pressão junto do reduto defensivo, a congénere de Santo Tirso acabou mesmo por marcar, graças a um auto-golo de Antero. A equipa liderada por Filipe Coimbra, com 25 pontos, falhou o assalto ao 4º posto, na posse do Penamaior que, em tarde negativa, tropeçou diante o Lixa B (1-1). André colocou os forasteiros na frente, aos 32 minutos, mas Rafa igualou a contagem aos 56’. A reta final do encontro foi vivida ao rubro e José Manuel, treinador do Penamaior, recebeu ordem de expulsão de Júnior Moreira devido a protestos.

Mais diante, mas ainda crente em chegar longe, o Livração, com 24 pontos, mostrou-se a bom nível, mas não chegou para levar o Várzea de vencida. Com o Américo Monteiro bem engalanado, as duas equipas ofereceram espetáculo e seis golos para animar a plateia, o último dos quais, pelo central Zé Nuno a evitar a derrota caseira dos locais. Por sua vez, o Lustosa de Ilídio Neto não pára de surpreender pela positiva e continua a bater recordes. Os alvi-negros estão em alta e, na tarde deste domingo, foram a Paredes bater o Sobrosa, com um golaço de Nice, aos 27 minutos. Os lousadenses, que já não perdem fora de casa há dois meses, apostaram num esquema táctico que previgiliava a posse de bola e saídas rápidas para o ataque. Após algumas ameaças bem concretas, o Lustosa passou à ação e, num cruzamento bem traçado por Mário Batista, eis que Nice surge na área a disparar de primeira para o golo inaugural. Na segunda parte, o Sobrosa quis mais, colocou homens na frente para “apertar” o adversário atrás, mas em contra-ataque, podia ter acontecido o segundo. Porém, para além do magnífico 7º lugar, há que ressalvar que o Lustosa nunca havia conquistado tantos pontos nesta prova.

Por falar em feitos retumbantes, não dá para ocultar a goleada histórica do Aveleda em Sanfins perante o Lamoso, na tarde de sábado. Foram cinco golos sem resposta, naquela que foi a vitória mais expressiva de Paulo Vinhas na competição. O central Cristiano Alves, após um canto, fez valer os seus atributos e cabeceou para o primeiro golo. Depois, Rui Nunes, a estrela do momento, bisou. Primeiro, a passe de Hélder Pinto e, de seguida, num remate de fora da área. A conta ía longa e, nos últimos dez minutos, destaque para Hélder Pinto que imitou o seu colega da frente e também adicionou dois tentos na conta pessoal, o último na marca de onze metros. Em ano de estreia nestas andanças, os tricolores já somam 22 pontos, num confortável 9º lugar. Todavia, as referências especiais não são apenas para os emblemas da frente.

A encerrar a jornada, os dois clubes em zona de despromoção mediram forças entre si nos Pedrosos e o saldo final deixou bem claro que a luta pela manutenção será acessa até uma fase bem adiantada. À partida para este jogo, a tabela mostrava-nos um Raimonda mais tranquilo e seguro e um Macieira mais irregular e, até certo ponto, sem margem para errar. Os primeiros 30 minutos de jogo trataram de desmentir essa aparente realidade. Com uma melhor organização, a equipa pacense teve sempre mais confortável no jogo, criando um par de lances perigosos. A falta de ideias do Macieira, para uma equipa que já demonstrou qualidade de jogo esta época, foi confrangedora durante boa parte da etapa inicial. Mesmo sem assustar o guardião adversário, os visitantes terminaram os primeiros 45 minutos a passar uma mensagem de maior competência técnica e tática. Para a 2ª parte, vieram os golos. Tiago Ferreira fez um hat-trick, enquanto Nuno Magalhães, após entrar ao intervalo, assinou os dois golos para os rubro-negros. Agora, a diferença entre ambos é de dez pontos, num cenário cada vez mais negro para a armada de Rui Sequeira.