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CITÂNIA AFIRMA-SE PERANTE DESLIZES DA CONCORRÊNCIA (1ª DIVISÃO - SÉRIE 2)
Com o seu leque de opções reforçado com três entradas de luxo, Ricardo Barros viu o Citânia de Sanfins sagrar-se, literalmente, campeão de inverno. Os pacenses chegam ao início da 2ª volta na liderança isolada, com 30 pontos, após triunfo complicadíssimo em Lagares, o recinto que o Varziela usa em detrimento de não puder jogar no mítico Jairipe. O goleador Teixeira, à passagem dos 37 minutos, assinou o tento que deu os três pontos, numa partida verdadeiramente emocionante, principalmente por aquilo que a 2ª parte representou. Houve troca na baliza dos visitantes devido a lesão de Vítor. Já o avançado Quim, reforço que chegou na semana passada, fez apenas 2 treinos e trouxe dinâmica ao setor ofensivo.
Pressionado com este resultado, o Ferreira não conseguiu recuperar o posto que havia perdido na véspera e saiu derrotado no curto trajeto até Sanfins, aos pés do Lamoso (3-2). A bancada coberta praticamente encheu para o duelo entre os dois emblemas do mesmo concelho, onde o Lamoso teve uma entrada de rompante. Logo aos 17 minutos, Tiaguinho, num jogada bem desenhada, fez 0 1-0. A poucos momentos do intervalo, o experiente Cândido, bem enquadrado com a baliza, aumentou a contagem. Na 2ª parte, os verde e brancos tiveram outra postura, com mais velocidade, a ganhar as segundas bolas e isso foi crucial, pois aos 57 minutos, o goleador Nélson, fazendo jus à sua fama de “pistoleiro”, atenuou a diferença. Só que volvidos apenas dois minutos, Cardoso dilatou para 3-1 e deu um avanço significativo para os locais. Sem atirar a toalha ao chão, houve a natural resposta do Ferreira que voltou a reduzir, graças a um auto-golo de Meireles.
Ricardo Pacheco, expulso neste domingo à beira do fim por protestos, está a um ponto do topo, mas viu o Roriz aproximar-se, em virtude da igualdade registada no Américo Monteiro, diante o Livração e permanece em 3º, com 28 pontos. A formação de Santo Tirso até foi a primeira a introduzir a bola no fundo das redes, por intermédio do defesa Edgar, aos 22 minutos. Porém, a 2ª parte seria recheada de episódios. Nos balneários, Febras foi trocado por Carneiro e, a partir daí, tudo mudou. Os marcoenses inverteram a tendência de jogo e mesmo com a expulsão de Marcelo, tiveram estofo para empatar, só com dez unidades em campo. Aos 85 minutos, Carneiro decidiu a partida e Fábio, nada contente com o sucedido, acabou por vir para a rua mais cedo, levando as duas equipas a terminar com menos um homem.
Na 4ª posição e com créditos cada vez mais firmados, o Penamaior é, de longe, um sincero “case-study”. Após um caminho intermitente, a equipa liderada por Zé Manel foi a Macieira vencer por margem larga, mas num desfecho que esconde o algumas dificuldades sentidas. Os rubro-negros, motivados pela vitória na Lixa, assumiram o jogo sem rodeios e criaram um par de ocasiões claras de golo. Pedro foi mesmo chamado a intervir para manter a sua baliza a zeros. No entanto, aos 30 minutos, Miguel Pacheco abriu o ativo nos Pedrosos para os forasteiros. Na 2ª parte e acusando algum desgaste físico, o Penamaior neutralizou a congénere lousadense. Meireles e Varela, respetivamente, fizeram os restantes golos de uma vitória que alavancou a equipa para os lugares cimeiros, a somente três pontos do “chefe máximo” da prova.
No campo dos Escravos, o Lustosa preparava o assalto ao 6º lugar, mas tinha pela frente um Lixa B com o orgulho ferido e com vontade de mostrar serviço. Mesmo pesando esse facto, os alvi-negros mantiveram-se fiéis aos ensinamentos de Elídio Neto. Futebol atrativo, laterais a apoiar na manobra ofensiva, assente numa ideia de ataque organizado. Foi isto que se viu dos locais, mas os felgueirenses, com astúcia e alguma sobranceria, chegaram à vantagem mesmo em cima do intervalo, por Mendonça. Na 2ª parte, o treinador do Lustosa arriscou tudo, fez entrar o mágico Amadeu e Ricardo Pinto (que passou pelo Caíde na época passada) brilhou na baliza dos contrários. O guarda-redes de apenas 19 anos foi adiando o que pôde, mas aos 89 minutos, não conseguiu impedir a igualdade, vinda dos pés do inevitável Nuno. Para lá da hora, o balde de água fria com Fábio Macedo a dar os três pontos aos forasteiros. Este resultado permitiu ao Lixa B ultrapassar os alvi-negros na classificação, somando agora 22 pontos, mais um do que os lousadenses.
Em Paredes, a chicotada psicológica parece mesmo ter sortido os devidos efeitos. O Sobrosa não pára de surpreender semana após semana e, depois de ter infernizado os candidatos ao título nas jornadas anteriores, voltou a fazer das suas, vencendo o Várzea por 3-2. Leandro foi o grande responsável por este feito, ao faturar por duas vezes. Joel rubricou o outro tento. Depois de uma série negra de derrotas, os paredenses navegaram até ao 9º lugar e contam 20 pontos. Na posição abaixo, o Aveleda viu anulada a sua majestosa sequência de resultados positivos que vigorava desde a 8ª jornada. No Campo do Eidinho, os tricolores orientados por Paulo Vinhas saíram derrotados diante o Vila Boa do Bispo por 2-0. Ambos os golos apareceram nos minutos finais da primeira parte, primeiro por Pisco, aos 41 minutos e, de seguida, Ferreira elevou os números, quando decorriam os descontos para o intervalo. Na 2ª parte, com as entradas de Luís Couto e Fábio Sousa a abrir a etapa complementar, o Aveleda fez de tudo para alterar o rumo dos acontecimentos, mas sem sucesso.
Na cauda da classificação, Torrados e Raimonda deram show de bola, num desafio com 6 golos, expulsões e a certeza que ambos podem fazer mais. No fim, vitória dos felgueirenses por 4-2, com golos de Tiago Pereira (bisou), Dionísio e Artur Sampaio. O clube liderado pelo reputado Mário Silva passou a obter 17 pontos, mais quatro do que os pacenses que permanecem em zona de despromoção.
Texto: Redação
Data de publicação: 2020-01-15
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